SaúdeSilene Santos

Oncologista explica ligação entre a obesidade e o câncer de próstata

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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 55,4% da população brasileira está acima do peso. Ainda, quanto maior o grau de obesidade, maior também será a probabilidade de ocorrência de um câncer. A obesidade está diretamente ligada à forma como as pessoas têm mudado seus hábitos alimentares e estilo de vida.

O Instituto afirma que o excesso de gordura corporal provoca um estado de inflamação crônica que promove o crescimento de células cancerígenas, aumentando as chances de desenvolvimento da doença. Entre os tipos de câncer que podem ser desenvolvidos pela obesidade estão o de ovário, endométrio, tireoide, próstata, entre outros.

No caso do câncer de próstata, a obesidade não só influencia ao aparecimento da doença, mas sim em seus tipos mais avançados e agressivos. É o que explica a Dra. Fauzia Naime, oncologista especializada em câncer de próstata do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC):

“O excesso de gordura aumenta os hormônios masculinos, que vão não só estimular o aparecimento da doença mas também ao crescimento rápido das metástases. O paciente tem grande quantidade de tecido adiposo e isso aumentará a produção de radicais livres. Esses radicais danificam as células saudáveis do organismo”, ressalta a médica.

Além da obesidade, os principais fatores de risco para o câncer de próstata são idade, sedentarismo, histórico familiar e raça. Parentes de primeiro grau de pacientes com câncer de próstata têm um risco aumentado de desenvolver a doença. Isso vale para pais, filhos e irmãos de homens com tumor.

“Esse componente genético é muito importante, porque no surgimento da doença ele costuma a aparecer em homens mais jovens do que o usual. Por isso é necessário fazer o rastreamento quando existem casos genéticos, a partir dos quarenta anos de idade, apesar da idade média da doença atingir os 65 anos”, diz a Dra. Fauzia.

O diagnóstico precoce ainda é a melhor alternativa, pois não apenas aumenta as perspectivas de cura, mas também reduz a taxa de mortalidade. Porém, atitudes como manter uma dieta saudável, praticar exercícios, realizar exames de rotina, influenciam na prevenção deste tipo de doença.

A médica finaliza ao abordar como a dieta é um dos pontos chaves para a qualidade de vida dos homens: “A dieta pode influenciar a maneira pela qual os genes protegem as células saudáveis dos fatores de risco. Incluir no cardápio alimentos como couve, repolho, tomate, goiaba vermelha, melancia, linhaça dourada, cebola, alho e romã é essencial”, diz. “E também evitar o consumo exagerado de carne vermelha, tentar substituir pela carne branca”, conclui.

*FOLHAPRESS

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