Silene SantosTecnologia

Fotos íntimas sem consentimento: entenda o crime de cyberflashing

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Nos confins desse mundo online, uma prática desagradável tem se destacado ultimamente: o cyberflashing. Se você ainda não está familiarizado com o termo, trata-se do envio de imagens íntimas explícitas para pessoas sem o consentimento delas. É como se alguém te mandasse uma foto inapropriada do nada, sem que você tenha pedido.

Imagine só: você está navegando tranquilamente no seu celular e, de repente, recebe uma imagem chocante das partes íntimas de alguém que você nem conhece. É constrangedor, desconfortável e, acima de tudo, uma invasão da sua privacidade.

Essa prática não é apenas uma brincadeira de mau gosto. Na verdade, é uma forma de importunação sexual que deixa as vítimas se sentindo violadas e vulneráveis. E o pior é que isso acontece no ambiente virtual, onde a sensação de segurança muitas vezes é ilusória.

Até pouco tempo atrás, casos assim eram tratados como infrações leves, sujeitas a multas. Mas, felizmente, em 2018, a legislação evoluiu e passou a considerar o cyberflashing como crime. Segundo a Lei Nº 13.718, praticar atos libidinosos sem o consentimento da outra pessoa agora pode render sérias consequências.

De acordo com a lei, importunação sexual vai muito além de apenas enviar fotos indesejadas. Envolve qualquer tipo de comportamento sexual não solicitado, como beijos não consentidos ou toques inadequados. É uma questão de invasão de privacidade e desrespeito aos limites alheios.

E as consequências para quem pratica o cyberflashing podem ser sérias. A pena pode variar de um a cinco anos de prisão, dependendo da gravidade do caso. E se houver algum tipo de relação entre a vítima e o agressor, a punição pode ser ainda mais severa.

Recentemente, um caso na Inglaterra chamou a atenção para a gravidade desse tipo de crime. Um homem chamado Nicholas Hawkes foi preso por cyberflashing e condenado a 52 semanas de reclusão, de acordo com a Lei de Segurança Online da Inglaterra.

Portanto, fica o alerta: o cyberflashing não é apenas uma brincadeira de mau gosto. É uma violação da privacidade e um crime sério, que pode ter sérias consequências legais.

*FOLHAPRESS

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