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Coreia do Norte faz mais de 200 disparos no mar, e Coreia do Sul esvazia ilhas

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A Coreia do Norte realizou mais de 200 disparos de artilharia nesta sexta-feira (5) perto da fronteira marítima com a Coreia do Sul, aumentando ainda mais a tensão na região. As autoridades de duas ilhas sul-coreanas ordenaram que os moradores buscassem abrigo devido ao que chamaram de “situação não especificada”.

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul não confirmou se a ordem para a retirada dos moradores foi motivada pelos disparos do Norte ou pelos exercícios militares que as forças de Seul realizaram em resposta.

Uma mensagem de texto enviada à população das ilhas mencionou que um “exercício de fogo naval” seria realizado por tropas a partir das 15h no horário local (3h em Brasília) desta sexta. Detalhes das atividades não foram divulgados.

Autoridades da ilha de Yeonpyeong, que fica ao sul da disputada Linha de Limite do Norte (NLL) na fronteira marítima, limitaram-se a dizer que a população deveria se deslocar para abrigos antibombas.

Os disparos da Coreia do Norte não causaram danos civis ou militares no Sul, segundo um porta-voz do Exército sul-coreano em entrevista. Ele advertiu, porém, para uma piora na relação entre os países. “Este é um ato de provocação que aumenta a tensão e ameaça a paz na península coreana”, afirmou Lee Sung-joon, do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.

Os projéteis de artilharia norte-coreanos caíram todos no lado norte da fronteira marítima, disse Lee. Ele acrescentou que o Exército da Coreia do Sul tem monitorado os movimentos do Norte ao longo de suas costas com a cooperação dos Estados Unidos. O militar afirmou ainda que Seul tomará “medidas correspondentes” em resposta às ações de Pyongyang.

Pyongyang disse que os disparos foram uma resposta às ações militares em larga escala do “gângster” sul-coreano, numa possível referência ao presidente conservador Yoon Suk-yeol, que mantém postura belicista em relação ao regime do Norte. Afirmou também que as ações não tiveram impacto sobre a segurança das ilhas sul-coreanas, segundo a agência de notícias oficial KCNA.

*FOLHAPRESS

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