Saúde

PrEP contra HIV dá até 99% de proteção e impede novas infecções

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O autocuidado e o diagnóstico precoce são fundamentais quando se trata de doenças infecciosas, como é o caso do HIV, que afeta cerca de 900 mil pessoas no Brasil, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde em dezembro de 2022. A maior preocupação do órgão é que muitas pessoas, por falta de avaliação médica, não sabem que estão afetadas pelo vírus e, por isso, não realizam o tratamento.

Mesmo com a queda do índice de mortalidade pelo vírus HIV em 24,6% na última década, a falta do diagnóstico é preocupante. Para ajudar homens soropositivos ou que tenham outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), bem como outros problemas de saúde íntima, a Omens, healthtech de saúde e autocuidado masculino, busca orientar e ajudar os seus pacientes por meio de teleconsultas, ligações e mensagens, com médicos especializados para cada doença.

Segundo o urologista e co-fundador da empresa, médico urologista João Brunhara, uma rotina diária de autocuidado com a saúde íntima é fundamental e decisivo na hora do diagnóstico precoce de qualquer doença e infecção. “Essa pesquisa sobre o número elevado de pessoas soropositivas que não sabem da sua condição só reforça o quanto precisamos rever atitudes de autocuidado e estabelecer rotinas, como exames periódicos, mesmo quando acreditamos não ter nenhum problema de saúde. O nosso maior objetivo é atender e acolher os pacientes, de forma humanizada, informativa e com a agilidade de que precisam”, diz.

O que é PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e como funciona?

Atualmente, o Brasil oferece tratamento para mais de 500 mil pessoas infectadas pelo HIV e vem reduzindo há cerca de duas décadas o número de óbitos pela doença. Para pessoas com risco de exposição ao HIV, há tratamentos como a PrEP , que consiste na tomada de comprimidos preventivamente e permitem ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV, evitando assim a instalação do vírus no organismo. A pessoa em PrEP realiza acompanhamento regular de saúde, com testagem para o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

O procedimento é a combinação de dois medicamentos (Tenofovir + Entricitabina) que bloqueiam alguns “caminhos” que o HIV usa para infectar o organismo. Contudo, é importante destacar que mesmo com o uso de PrEP, não se deve abandonar o uso de preservativos, que contribui para a contenção dos casos de HIV.

Existem duas modalidades de PrEP indicadas: a PrEP diária e a PrEP sob demanda. A PrEP diária consiste na tomada diária dos comprimidos, de forma contínua, indicada para qualquer pessoa em situação de vulnerabilidade ao HIV. Já a PrEP sob demanda consiste na tomada de dois comprimidos algumas horas da relação, repetindo a dose de um comprimido ao dia pelos próximos dois dias. Esta modalidade é ideal para pessoas que têm uma frequência de exposição menor.

No entanto, o médico João alerta que o procedimento só tem efeito protetor se a pessoa tomar o medicamento conforme a orientação de um profissional de saúde. Caso não proceda dessa forma, pode haver falta da concentração suficiente das substâncias ativas em sua corrente sanguínea para bloquear o vírus e a pessoa não estará protegida. “Vale lembrar que sempre o método de maior eficácia contra a contaminação por qualquer IST é o uso do preservativo, mas que em casos específicos, a PrEP pode ser uma alternativa viável e recomendada pelo profissional de saúde”, esclarece.

FOLHAPRESS

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