Polícia

Menor é apreendido suspeito de ‘escravizar’ e abusar de meninas no Discord

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Um adolescente de 16 anos foi apreendido na quarta-feira (12) pela Polícia Civil de Minas Gerais por suspeita de estimular a violência e praticar “atos infracionais” análogos a estupro de vulnerável no Discord. Ele foi encaminhado para o sistema socioeducativo.

O adolescente é suspeito de comandar um grupo que realizava atos de tortura física, psicológica e sexual contra outras menores de 18 anos. Nas conversas, meninas eram induzidas a cometer automutilação, suicídio, atos libidinosos com elas mesmas e até zoofilia.
“Descobrimos que o adolescente residente em Belo Horizonte era o principal ordenador desses atos perversos. Os investigados chegaram a pedir que ela tomasse urina do vaso, raspasse a sobrancelha, induziram-na a introduzir objetos na vagina; e, ante tudo isso, eles [suspeitos] faziam contagem regressiva para que ela executasse cada ato”, descreveu o delegado Ângelo Ramalho.

Uma das vítimas era uma menina de 13 anos, residente em outro estado, que foi obrigada a se automutilar sob ameaça do grupo. De acordo com a investigação, em um dos casos, os suspeitos pediram para que a jovem realizasse atos libidinosos com o cachorro de estimação dela e, em outro momento, que ela quebrasse a pata do animal e urinasse nele.

Além disso, a adolescente foi obrigada a escrever na própria pele, com canivete, o nome do grupo ao qual os suspeitos pertenciam. Segundo a polícia, a vítima tentou realizar a ação, mas o canivete estava sem corte, e o líder do grupo ordenou que ela utilizasse uma lâmina de apontador para concluir a automutilação.

Ainda conforme a polícia, sessões como essas eram recorrentes e tinham duração de cerca de uma hora. A rede social também era utilizada para disseminar mensagens de apologia nazista e de misoginia.

De acordo com o delegado, o adolescente formatou os equipamentos eletrônicos e apagou evidências porque já esperava ser alvo de operação policial, após outros comparsas terem sido identificados e presos em outros estados. “Mas ele nos trouxe informações importantes de outros casos, de outras vítimas, de outros autores. E como ele é menor, ele quer fazer esse tipo de colaboração”, explicou.

“Conectada ao mesmo servidor, e sob ameaça de ser exposta, a vítima era subjugada, humilhada e sofria violência psicológica com consequências física e sexual, além de instigada ao suicídio. O que os investigados impeliam na vítima era um estado de ‘escravidão virtual’. Ela não poderia parar ou teria conteúdos revelados para familiares e na escola”, afirmou o delegado.

 

*FOLHAPRESS

 

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