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5 dicas para cuidar da saúde mental do seu filho

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A maioria dos pais se empenha em manter seus filhos fisicamente saudáveis, trabalhando para garantir que os pequenos estejam se alimentando bem, recebendo as devidas vacinas e permanecendo ativos. Mas o bem-estar emocional e mental de uma criança é tão importante para sua qualidade de vida quanto ser fisicamente saudável.

“Quando os pais dedicam a devida atenção à saúde mental do filho, eles o ajudam a desenvolver a força e resiliência necessárias para lidar com os obstáculos e desafios da vida, contribuindo para que este se torne um adulto mentalmente saudável”, diz Filipe Colombini, psicólogo parental e CEO da Equipe AT.

Além disso, quando uma criança tem boa saúde mental, ela é capaz de pensar com clareza, fazer amizades e aprender coisas novas. “Ela também desenvolve autoconfiança, aumenta a autoestima, pratica a perseverança, aprende a estabelecer metas e desenvolve importantes habilidades de enfrentamento”, diz Colombini.

Ser mentalmente saudável durante a infância significa atingir marcos de desenvolvimento e emocionais, aprender habilidades sociais saudáveis e saber como lidar com os problemas. Veja, a seguir, cinco dicas do especialista para cuidar da saúde mental do seu filho:

1) Busque ajuda. Filhos não vêm com manual de instrução. Portanto, procurar um profissional de saúde mental especializado para obter orientações é uma decisão sensata. “Ao dar este passo, os pais descobrem que não estão sozinhos, que outros estão passando pelas mesmas coisas. O treinamento parental faz uma diferença enorme na rotina com os filhos, já que faz com que os pais compreendam melhor as dificuldades de seus filhos, assim como suas limitações”, explica Filipe. “Estes adultos passam a ser mais gentis e conscientes na educação e manejo de comportamentos, além de aprenderem estratégias de enfrentamento saudável, desenvolverem resiliência e aprenderem a cuidar de situações e emoções difíceis”, conclui.

2) Conheça os marcos de desenvolvimento. Estar ciente sobre as fases de desenvolvimento da infância e adolescência é importante pois muitos pais têm expectativas que estão além do momento em que seu filho se encontra. “Além de ajudar a compreender as fases do desenvolvimento infantil, indicando para os pais se pode haver algum atraso na aquisição de habilidades da criança, estes marcos ajudam na escolha dos melhores estímulos para o filho”, diz o psicólogo.

3) Cuide da sua saúde mental. Sabe aquela instrução das companhias aéreas de que os passageiros adultos – em caso de despressurização – devem colocar logo a máscara antes de auxiliar crianças ao lado? O mesmo vale para a saúde mental. Para cuidar de seus filhos, os pais devem estar com a sua saúde mental em dia. “Considerando que a saúde mental tem impacto direto nas nossas atividades diárias, as relações entre pais e filhos podem sofrer um desequilíbrio quando um dos responsáveis não está bem”, diz Colombini. “As crianças e jovens são muito sensíveis ao ambiente familiar, então, convívios problemáticos podem alterar diretamente seu comportamento, alimentação e até mesmo padrão de sono”, conclui.

4) Demonstre amor incondicional. Uma das formas mais importantes de apoiar a saúde mental do seu filho é demonstrar amor, praticando o afeto e acolhimento e deixando julgamentos e atitudes punitivas de lado. “Deixe seus filhos saberem que não importa o que eles estejam enfrentando, você os ama incondicionalmente e está do seu lado”, diz Colombini. “Ainda que você fique desapontado com uma escolha errada de seu filho, ele deve saber que a decepção que você sente não tem relação com o seu amor por ele”, conclui.

5) Pratique a escuta ativa. Confiança e comprometimento são os pilares de um relacionamento saudável. “Quando você se dedica inteiramente às histórias de seus filhos, você faz com que eles se sintam ouvidos e respeitados e, em função disso, eles se sentem seguros de que podem confiar em você”, diz Filipe. “Acima de tudo, a escuta ativa significa respeitar seu filho e permitir que ele expresse seus sentimentos e opiniões sem medo de rejeição”, conclui. Para realmente se envolver neste processo, algumas dicas do psicólogo podem ser valiosas: esteja totalmente presente naquele momento com seu filho; deixe de lado as distrações, como telefones ou tarefas domésticas, dê ao seu filho toda a atenção; mantenha contato visual; adote uma postura corporal aberta; transmita uma sensação de disponibilidade e vontade de ouvir.

*FOLHAPRESS

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